Penalizados pela ineficácia no início da 10.ª presença, e terceira seguida, no torneio, os lusos repartem o segundo lugar com os gauleses, ambos com um ponto, a dois da líder isolada Geórgia , que venceu os polacos com um golo no período de compensação (2-1).
Portugal voltará a competir no Estádio Sihot, em Trencin, na Eslováquia, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), enquanto França e Geórgia medem forças à mesma hora em Zilina, numa jornada que pode apurar os georgianos para a fase seguinte e afastar os polacos.
O conjunto das 'quinas' deve continuar na máxima força, mas o defesa esquerdo Rafael Rodrigues e o médio Diogo Nascimento viram cartão amarelo frente à França e ficarão ausentes do duelo com a Geórgia, da última jornada, se forem oestados no sábado.
Habituado a variar entre dois sistemas táticos, o selecionador Rui Jorge preferiu o '4-3-3' em detrimento do '4-4-2' losango no primeiro jogo, que valeu a estreia do extremo Roger Fernandes pelas seleções jovens lusas e possibilitou ao médio Paulo Bernardo igualar o avançado Henrique Araújo - suplente não utilizado - na vice-liderança dos internacionais com mais desafios de sempre pelos sub-21, ambos com 29, a um de Manuel Fernandes.
Finalista derrotado em 1994, 2015 e 2021 e na quinta fase final sob alçada de Rui Jorge, Portugal empatou pela terceira vez na abertura de uma edição do Europeu, após 2002 e 2007, sendo que já não alcançava um 'nulo' no principal torneio de 'esperanças' desde o jogo decisivo de 2015, vencido pela Suécia no desempate por grandes penalidades (3-4).
Superado o duelo frente ao oponente mais cotado da 'poule', segue-se a Polónia, que foi batida em Zilina pela Geórgia, com um golo tardio de Vasil Gordeziani (90+4 minutos), já depois de Jakub Kaluzinski (73) ter reagido de penálti ao tento de Nodar Lominadze (55).
Os 'bialo-czerwoni' assinalaram da pior forma o regresso ao Europeu seis anos depois e nunca superaram a fase de grupos, formato estreado em 2000, mas, quando a prova se realizava apenas por eliminatórias, chegaram aos 'quartos' por cinco vezes (1982, 1984, 1986, 1992 e 1994) e defrontaram Portugal na última, sem nunca mais se terem cruzado.
No trajeto para a fase final de 1994, na qual viria a perder com Itália no duelo decisivo, a equipa nacional começou por triunfar com reviravolta em Szczecin (3-1), beneficiando de dois golos de João Vieira Pinto e um de Rui Costa para reagir ao tento de Kaan Dobra, e replicaria a margem em Coimbra (2-0), com contributo de Toni e Paulo Torres, de penálti.
Volvidos 31 anos, a Polónia reencontra Portugal sem grande margem de erro, apesar de, ao contrário da maioria dos candidatos à conquista do troféu, contar com a base utilizada na qualificação, na qual se apurou como uma das três melhores segundas colocadas - a exemplo da França -, ao culminar o Grupo D com 22 pontos, quatro abaixo da Alemanha.
Estruturada em '5-4-1' e com seis internacionais 'AA' na convocatória, a equipa de Adam Majewski tem entre as opções principais o guarda-redes Kaer Tobiasz, o lateral direito Dominik Marczuk, os defesas centrais Lukasz Bejger, Patryk Peda, Michal Gurgul e Ariel Mosór, os médios Jakub Kaluzinski, Michal Rakoczy, Arkadiusz Pyrka e Antoni Kozubal e os avançados Mariusz Fornalczyk e Filip Szymczak, autor de cinco golos no apuramento.