Trabalhadores da Nobre cumprem 21.ª greve em dois anos

Os trabalhadores da empresa Nobre, em Rio Maior, que cumprem hoje a 21.ª greve nos últimos dois anos, vão pedir a intervenção da DGERT face à recusa da empresa em negociar o caderno reivindicativo, informou o sindicato.

Greve de trabalhadores da Nobre Alimentação

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Lusa
09/06/2025 11:20 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Nobre

A greve, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos (SINTAB) conta hoje com uma adesão próxima "dos 90%", disse à agência Lusa a delegada sindical Inês Santos, estimando que "no universo de 600 trabalhadores [...] não chegam a 40 trabalhadores dentro da fábrica".

 

Em causa está a recusa da empresa Nobre Alimentação, sedeada em Rio Maior, no distrito de Santarém, em discutir com os trabalhadores o caderno reivindicativo entregue no início do ano, numa situação que se arrasta desde 2023 e que levou à realização de greves com uma periodicidade quase mensal.

A representante da União dos Sindicatos Inês Santos participou em maio no Comité Europeu realizado em Espanha, mas "a posição foi a mesma". "Não vi abertura para qualquer negociação, mesmo da parte do grupo", acrescentou.

Num plenário realizado no início deste mês os trabalhadores decidiram pedir a intervenção da Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) "para tentarem negociar e chegar a um entendimento", visto a empresa ter declarado, no inicio do ano, a intenção de "não negociar qualquer ponto do caderno reivindicativo".

O caderno reivindicativo para 2025 mantém a exigência de um aumento salarial de 150 euros e reivindica "um aumento superior no subsídio de alimentação e uma alteração no valor das diuturnidades, que a empresa tinha deixado de pagar em 2016, quando houve a caducidade do contrato e voltou a implementar no ano ado, mas não nos valores que deviam ser praticados", explicou à Lusa o dirigente do SINTAB, Diogo Lopes.

Os trabalhadores reclamam ainda o aumento do subsídio de refeição dos atuais 5,50 euros para oito euros e, no caso das diuturnidades, um aumento de cerca de cinco euros.

ada pela Lusa a Nobre Alimentação confirmou estar a "decorrer uma paralisação por parte dos colaboradores da fábrica, impactando a atividade diária da fábrica".

Na resposta enviada por e-mail a Nobre Alimentação reitera "o compromisso em dar continuidade a este diálogo regular, procurando, em conjunto, encontrar o caminho mais equilibrado para o futuro".

De acordo com o SINTAB os trabalhadores agendaram nova greve para o dia 11 de julho.

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