Ataque cibernético a MNE checo? "Convoquei o embaixador chinês"

A República Checa convocou hoje o embaixador chinês no país para protestar contra um recente ataque cibernético ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que já foi também condenado por Bruxelas e pela NATO, anunciou o governo de Praga.

BRUSSELS, BELGIUM - MARCH 21: Czech Minister of Foreign Affairs Jan Lipavsky talks to media prior an EU Foreign Affairs and defence Ministers meeting in the Europa, the EU Council headquarter on March 21, 2022 in Brussels, Belgium. The Council will meet i

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Lusa
28/05/2025 11:23 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

República Checa

"Convoquei o embaixador chinês para deixar claro que tais ações hostis têm consequências graves para as nossas relações bilaterais", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky, nas redes sociais.

 

Segundo o governo checo, o ataque que foi realizado pelo grupo estatal chinês Advanced Persistent Threat 31 (APT31) e expos milhares de e-mails não classificados enviados entre embaixadas e instituições da União Europeia desde 2022, ano em que o país ocupou a presidência rotativa da UE.

"Com a ação de hoje, expusemos a China, que há muito trabalha para minar a nossa resiliência e democracia", disse Lipavský, citado pelo jornal Prague Morning.

Esta foi a primeira vez que o governo checo atribuiu um ciberataque a um agente apoiado pelo Estado, acusação que foi feita na sequência de uma investigação dos serviços de informações e da Agência Nacional de Segurança Cibernética e da Informação (NUKIB).

O alegado ataque chinês gerou indignação em Bruxelas e na NATO.

"A União Europeia e os seus Estados-membros, juntamente com os parceiros internacionais, solidarizam-se com a República Checa em relação à campanha cibernética maliciosa que teve como alvo o seu Ministério dos Negócios Estrangeiros", disse hoje a Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, em comunicado.

"Apelamos a todos os Estados, incluindo a China, para que se abstenham de tais comportamentos, respeitem o direito internacional e cumpram as normas e os princípios da ONU, incluindo os relacionados com as infraestruturas críticas", acrescentou.

O ataque foi também condenado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) que, numa declaração hoje divulgada, afirma ver com "crescente preocupação" o aumento das atividades cibernéticas maliciosas provenientes da República Popular da China.

"Manifestámos solidariedade para com a República Checa após a maliciosa campanha cibernética contra o seu Ministério dos Negócios Estrangeiros", que causou "danos e perturbações", refere a organização militar.

"Condenamos veementemente as atividades cibernéticas maliciosas destinadas a minar a nossa segurança nacional, as instituições democráticas e as infraestruturas críticas", sublinhou.

A NATO considerou ainda que estes ciberataques visam desestabilizar a Aliança Atlântica e garantiu que continua empenhada em "expor e combater a ameaça cibernética substancial, contínua e crescente, incluindo aos nossos sistemas democráticos e infraestruturas críticas".

Leia Também: Zelensky em Praga para reunião com presidente checo

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