Até ao momento, apenas 31 países dos 60 necessários para que o tratado seja ratificado am o compromisso com o Tratado Global para os Oceanos, nos quais, para além de Portugal, se incluem: Palau, Chile, Belize, Seychelles, Mónaco, Maurícias, Estados Federados da Micronésia, Cuba, Maldivas, Singapura, Bangladesh, Barbados, Timor-Leste, Panamá, Santa Lúcia, Espanha, França, Malawi, Ilhas Marshall, Antígua e Barbuda, República da Coreia, Costa Rica, Chipre, Finlândia, Hungria, Letónia, Eslovénia, Dominica, Noruega e Roménia.
Para a Greenpeace, a Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano, que decorre em Nice (França) entre 09 e 13 de junho, "é o momento político mais significativo sobre os oceanos desde a aprovação do Tratado Global para os Oceanos em 2023", o qual, pelo nível de participação de chefes de Estado esperado, "oferece uma oportunidade para definir um nível de ambição elevado na proteção global dos oceanos nos próximos anos".
itindo "expectativas muito baixas para uma declaração política conjunta ambiciosa", a Greenpeace sublinha que os compromissos políticos assumidos podem vir a ter um "impacto significativo" em processos como o Tratado Global para os Plásticos, o Tratado Global para os Oceanos e a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos.
Reconhecendo que, apesar dos esforços diplomáticos, "parece agora improvável" que venha a ser ratificado no decurso da próxima semana, a Greenpeace não deixa de apelar aos governos para "garantirem que o Tratado Global para os Oceanos entra em vigor em 2025, assegurando ratificações adicionais pelos países".
Para a associação ambientalista esta conferência das Nações Unidas deve ser também um momento para travar as tentativas da empresa canadiana The Metals Company conseguir uma licença dos EUA para mineração em mar profundo no oceano Pacífico, esperando que de Nice saia uma moratória sobre a mineração em mar profundo.
A Greenpeace espera também que da conferência da ONU saia um compromisso de redução de produção de plásticos em 75% até 2040 e uma garantia para "pescas justas, equitativas e sustentáveis".
"Estamos preocupados com a forma como as dinâmicas geopolíticas que têm continuado a minar a cooperação global se farão sentir em Nice. Existe o risco de que a conferência se transforme em pouco mais que um palco para discursos, como mostra o atual estado do projeto de declaração política", itiu Megan Randles, responsável de Política Global de Oceanos da Greenpeace Internacional, citada em comunicado.
Para a Greenpeace, "o último projeto de declaração -- considerado final -- falha em incluir as medidas-chave necessárias para garantir que o oceano recupera de décadas de abusos e consegue resistir aos impactos das alterações climáticas globais".
A terceira conferência dos oceanos realiza-se em Nice, França, de 9 a 13 de junho, depois de uma primeira conferência em Nova Iorque e da segunda em Lisboa.
Vai ter como tema "acelerar a ação e mobilizar todos os intervenientes para conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos".
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