"As declarações chinesas que apresentam o Japão como responsável pelo incidente são inaceitáveis", afirmou Gen Nakatani, acrescentando que Tóquio já comunicou a sua posição a Pequim.
Na quinta-feira, Pequim acusou um avião da força aérea japonesa de ter adotado um comportamento perigoso, depois de um porta-voz do Ministério da Defesa nipónico ter declarado que caças chineses se aproximaram "a menos de 45 metros e à mesma altitude" de aeronaves japonesas.
De acordo com Tóquio, um caça chinês seguiu no sábado um avião de patrulha japonês durante 40 minutos, em mar alto. No dia seguinte, dois caças J-15 repetiram a manobra durante 80 minutos.
"Não consideramos que se tenha tratado de um erro", afirmou o chefe do Estado-Maior das Forças de Autodefesa do Japão, Yoshihide Yoshida.
"Dado que durou 40 minutos e depois 80 minutos, em dois dias consecutivos, entendemos que se tratou de um ato deliberado."
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Lin Jian rejeitou esta versão dos acontecimentos.
"A origem destes riscos para a segurança marítima e aérea está na vigilância próxima levada a cabo por navios e aviões japoneses, dirigida contra as atividades militares normais da China. A China insta o Japão a pôr fim a este comportamento perigoso", declarou Lin.
Em resposta, o ministro japonês da Defesa afirmou hoje que as forças nipónicas devem, "através de operações de vigilância e alerta, demonstrar a vontade e a capacidade do Japão de dissuadir qualquer tentativa de alteração unilateral do 'status quo' pela força".
Na terça-feira, Tóquio revelou que, pela primeira vez, observou dois porta-aviões chineses a navegarem simultaneamente no Pacífico, incluindo em zonas económicas exclusivas (ZEE) do Japão.
Segundo o Ministério da Defesa japonês, estas operações navais e aéreas, descritas por Pequim como "exercícios de rotina", ilustram a expansão das atividades militares marítimas chinesas.
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