O acidente aconteceu no lago Tumba, a cerca de 120 quilómetros da capital congolesa, Quinxassa, quando uma embarcação de madeira virou com um número indeterminado de pessoas a bordo.
"Neste momento, é difícil dar um número exato. As autoridades irão pronunciar-se assim que as investigações forem concluídas. Mas, até agora, o número de corpos recuperados é 48", disse à EFE o comissário fluvial da zona, Compétent Mboyo.
Mboyo sublinhou que as causas do naufrágio continuam por apurar, embora o acidente tenha ocorrido durante uma altura de fortes chuvas.
Por seu lado, Olive Lomo Lomo, presidente da sociedade civil da cidade de Mbandaka, capital provincial, afirmou que tinham sido contabilizados 52 cadáveres recuperados após o naufrágio.
"Este é um balanço provisório, já que os corpos continuam a surgir à superfície em diferentes locais", explicou.
A embarcação partiu da localidade de Bikoro, situada no território com o mesmo nome, e dirigia-se para o mercado da aldeia de Ikoko Bongonda.
O governo provincial está a preparar o funeral das vítimas, enquanto continua a recuperação e identificação de mais corpos com a ajuda das famílias.
Este tipo de acidente é recorrente nas vias fluviais da RDC, onde o Governo anunciou, em maio ado, o encerramento de 240 portos "ilegais" situados em rios e lagos usados diariamente como meio de transporte, num país com infraestruturas fracas e vastas zonas de floresta tropical.
As embarcações, frequentemente em más condições, costumam circular sobrecarregadas e quase sem sinalização.
Este incidente ocorreu depois de, a 15 de abril, pelo menos 148 pessoas terem morrido noutro naufrágio, após um incêndio na embarcação em que seguiam, também na província do Equador.
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