"Fico muito contento pelo Governo atual ter na sua agenda reformar o Estado e reformar muitas das coisas que a sociedade portuguesa já sentia como necessárias há muitos anos. Agora, temos que ver a extensão e a profundidade e se as reformas vão ou não ser executadas ou são marketing político", afirmou Henrique Gouveia e Melo aos jornalistas, depois de ter participado no Fórum Luso-Angolano de Jovens Empresários, no Porto.
Questionado sobre se concorda com a criação do Ministério da Reforma do Estado, o almirante na reserva salientou que a forma prática como se vai fazer a reforma é do poder executivo.
"Eu não tenho que dizer se vejo com bons olhos ou não [a criação do ministério]. O que interessa é que essa reforma seja realizada, ou seja, e das palavras e das intenções", reforçou.
E, nessa questão, o futuro Presidente da República pode ter um papel importante não só em apoiar essas reformas, mas como em contribuir, de alguma forma, com o foco que põe ou não na população sobre a importância da reforma, vincou o antigo chefe do Estado-Maior da Armada.
"Eu acredito que há uma forte vontade de reformar o Estado e de contribuir para o desenvolvimento de uma nova economia e podem contar comigo nesse processo porque, aliás, esse é um dos meus temas e, portanto, estarei muito alinhado com o Governo que queira fazer isso", assumiu.
Em sua opinião, é bom ter um Governo que anuncia que a reforma do Estado é um dos temas importantes da sua governação.
"Mas, agora, temos que ver exatamente o que é que vamos reformar. Reformamos a justiça ou não reformamos a justiça? Reformamos a burocracia ou não?", interrogou.
Para Gouveia e Melo, a reforma do Estado não pode ser só fazer pequenas simplificações, tem de ser algo muito mais profundo.
Todos os portugueses anseiam por essa reformar há muito tempo, considerou.
O presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, Gonçalo Saraiva Matias, é o ministro Adjunto e da Reforma do Estado, uma nova pasta deste novo Governo de Luís Montenegro.
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