O lançamento desautorizado de balões por parte de uma creche de Ponta Delgada obrigou ao desvio de quatro voos nos Açores.
"A NAV Portugal confirma que, na operação de hoje no Aeroporto de Ponta Delgada, se registaram constrangimentos resultantes do lançamento não autorizado de balões na proximidade da infraestrutura aeroportuária", explicou fonte da NAV quando questionada pelo Notícias ao Minuto.
A mesma fonte detalhou ainda que foi informada previamente "por um jardim de infância da intenção de proceder a este lançamento" e, face a esta situação, a "NAV alertou, de imediato, que tal iniciativa não poderia realizar-se sem as devidas autorizações, tendo reiterado os riscos que este tipo de atividade representa para a segurança da navegação aérea."
"Apesar do nosso aviso, o interlocutor em questão informou-nos que iria avançar com o lançamento de qualquer forma", rematou a NAV, em comunicado.
Creche diz-se "irada" e contraria NAV
João Pimentel, diretor da Coriscolândia - Centro de Animação Lúdico-Pedagógico, disse à Lusa que o lançamento de balões "é um evento com quase 20 anos", que acontece anualmente para assinalar o encerramento do ano letivo e "sempre decorreu com normalidade".
"Todos os anos ligamos para a torre controlo do aeroporto a informar e a pedir autorização. E, ontem [quinta-feira] ligámos a informar que hoje iríamos lançar os balões. Disseram-nos que podia ser hoje entre as 11 horas locais e as 11h25 e foi o que fizemos", relatou, explicando que, antes do lançamento de balões, a Coriscolândia "voltou hoje a estabelecer um novo o" com a NAV, que "não manifestou impedimento".
"Estamos irados com o que está a acontecer", reforçou o dirigente, acrescentando que só teve conhecimento da situação através de publicações nas "redes sociais".
Um dos utilizadores que abordou o tema nas redes sociais, identificado como José Resendes, partilhou duas imagens, uma das quais aparentemente dos balões em causa.
ada pelo Notícias ao Minuto, a SATA confirmou que teve voos divergidos "para a ilha de Santa Maria e que alguma operação se manteve em espera."
As entidades competentes, incluindo a Polícia de Segurança Pública, já foram notificadas sobre a situação.
[Notícia atualizada às 17h15]
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