Estudantes criticam opção de não haver ministério para Ensino Superior

Cerca de uma dezena de associações de estudantes lamentaram hoje que o novo Governo mantenha a opção de não ter um ministério próprio para o Ensino Superior, considerando que indicia a continuação do caminho de subfinanciamento.

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Lusa
11/06/2025 10:00 ‧ ontem por Lusa

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Ensino Superior

Num comunicado assinado por organizações como a Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (AEFCSH) da Universidade Nova de Lisboa e a Associação de Estudantes da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (AEFAUP), entre outras, o movimento estudantil considera que a opção do Governo mostra que este tem um projeto de "elitização e privatização" do Ensino Superior.

 

"Não temos nem nunca tivemos ilusões e estamos conscientes de que o Governo que agora toma posse tem um projeto de elitização e privatização do ensino superior público, caminho ao qual daremos firme combate", refere o documento, também assinado pela Associação de Estudantes da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (AEESAD.CR) e pela Associação de Estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto(AEFBAUP).

Os estudantes consideram ainda que a decisão de não ter um ministério próprio para o Ensino Superior ocorre num contexto em que os problemas dos estudantes se agravam e "os sucessivos governos não têm dado as respostas que se afiguram necessárias".

Na nota, subscrita igualmente pela Associação de Estudantes da Escola Superior de Teatro e Cinema (AEESTC) e pela Associação de Estudantes da Escola Superior de Música de Lisboa (AEESML), os estudantes voltam a exigir o fim da propina e de outras taxas e emolumentos.

Pedem igualmente mais alojamento estudantil, mais ação social, mais e melhores condições materiais e uma revisão democrática do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior.

Olhando para a composição do novo Governo, que dizem ser "continuação do anterior", as associações consideram que a ausência de um Ministério próprio para o Ensino Superior mostra que os problemas dos estudantes "voltarão a não ser uma prioridade".

"E é natural que assim seja face ao projeto de desmantelamento do caráter público do Ensino Superior deste Governo, continuação do anterior", acrescentam.

As organizações signatárias -- entre as quais estão também a Associação de Estudantes do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (AEISPA) e a Associação de Estudantes da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação da UL (AEFPIE-UL) -- consideram preocupante que a nomeada secretária de Estado do Ensino Superior [Cláudia Sarrico] tenha tido declarações que apontam para um caminho que "agravará os problemas sentidos pelos estudantes".

Assinalam ainda a fusão do Ministério da Cultura com o do Desporto e da Juventude, considerando que "abre portas para a desvalorização da cultura, do desporto e das políticas da juventude", nomeadamente no que toca "ao desprezo" do papel do movimento associativo estudantil.

Leia Também: Educação a a ter 4 secretários de Estado (e pasta para o Superior)

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