O antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva falou, esta quarta-feira, acerca do marco que foi a adesão simultânea de Portugal e Espanha à União Europeia (UE). Quanto à política nacional - e atual -, só desvendou a 'ponta do véu'.
"Não quero fazer nenhuma declaração sobre o que se a na situação política portuguesa, embora, neste momento, esteja convencido de que temos Governo para quatro anos. Todos apostam num espírito reformista, como o primeiro-ministro já afirmou, para esse período - tão importante para nos aproximarmos do nível de vida dos países da União Europeia mais desenvolvidos", referiu, em declarações aos jornalistas em Toledo, Espanha.
Aníbal Cavaco Silva foi questionado sobre se estava preocupado com o partido de oposição - que é agora o Chega -, e recusando comentar o caos específico, afirmou: "Digo apenas que neste momento é precisa uma força europeia, defendendo os valores fundamentais da paz, direitos humanos e diálogo, por forma a conseguir enfrentar os eurocéticos e populistas. Nós também os temos em Portugal e por isso é preciso uma frente europeísta para conter movimentos eurocéticos e populistas."
Adesão simultânea à UE "marcou nova fase" entre Portugal e Espanha. E futuro?
Aníbal Cavaco Silva e Felipe González, reuniram-se para evocar os 40 anos do tratado de adesão de Portugal e Espanha à União Europeia. "Fomos chefes de governo na primeira década da adesão. Nas nove cimeiras que realizámos em conjunto coordenámos posições em relação às matérias em debate na União Europeia", assinalou, em declarações aos jornalistas.
Cavaco Silva afirmou ainda que nesta convergência entre os dois países em questões "importantes" da UE permitiram que ambos "tirassem bom proveito da adesão", que "marcou uma nova fase nas relações económicas, comerciais e políticas entre Portugal e Espanha."
"Antes da adesão à UE, as relações entre os dois países não eram normais para dois países com uma fronteira comum", sublinhou, acrescentando que o o dado à quatro décadas permitiu que os países se "reencontrassem como parceiros e aliados."
Mas nesta reunião com estes históricos, não só a História foi abordada: "Agora, há que olhar para o futuro. Defendi um aprofundamento da Zona do Euro para que de reforce a posição do Euro como moeda mundial, para que ganhe força no diálogo internacional com outros blocos económicos - e em particular com os EUA e sua nova istração."
[Notícia atualizada às 15h52]
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