"Não estamos a contar com percalços. A máquina está montada. Estamos em condições de avançar com segurança para que as provas de 9.º ano sejam realizadas em e digital", disse Filinto Lima em declarações à agência Lusa.
O movimento Missão Escola Pública alertou hoje que não estão reunidas as condições de equidade nas provas em formato digital que começam na próxima semana, antecipando um cenário de perturbação num momento que deveria ser de serenidade.
A perto de uma semana da primeira prova, de Português no dia 20 de junho, o movimento apelou aos diretores que se pronunciem publicamente sobre as condições de aplicação das provas, que diz estarem a gerar instabilidade e a comprometer o funcionamento das escolas.
Questionado pela Lusa, o representante dos diretores escolares desvalorizou as preocupações levantadas pelo movimento de professores, sublinhando que as escolas estão desde o início do ano letivo a preparar-se para aquele momento.
"As escolas, os diretores e os professores tudo fizeram, durante este ano, para que as provas de finais do 9.º ano, que serão realizadas em formato digital pela primeira vez, decorram dentro da normalidade", afirmou, insistindo que, "globalmente, as escolas estão preparadas".
Há uma semana, a propósito das provas de Monitorização das Aprendizagens (ModA) que também se realizaram em formato digital, Filinto Lima já tinha feito um balanço positivo, apesar de constrangimentos pontuais.
Reconhecendo que o grande desafio serão as provas finais do 3.º ciclo, o presidente da ANDAEP afirmou que as provas ModA, que implicaram "uma logística imensa muito equiparada a uma prova final de 9.º ano", ajudaram as escolas a preparar-se para esse momento.
Além das condições tecnológicas, o movimento Missão Escola Pública manifestou ainda receios de que a realização de provas do 3.º ciclo em simultâneo com exames nacionais possa originar ruído na troca de turnos.
"Se assim fosse, o Ministério da Educação não teria marcado estas provas para datas coincidentes. Isso não é obstáculo para que os nossos alunos tenham as melhores das condições para realizarem quer os exames, quer as provas finais do 9.º ano", considerou Filinto Lima.
Os exames nacionais do Ensino Secundário começam na próxima terça-feira, enquanto as provas finais do ensino básico começam no dia 20.
Leia Também: Mais de 21 mil professores colocados, seis mil com lugar nos quadros
