O candidato a secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, afirmou, esta terça-feira, ainda não estar "investido da legitimidade" para se pronunciar acerca da posição do partido quanto à candidatura de António José Seguro às eleições presidenciais de 2026.
"Sou candidato à liderança do Partido Socialista, teremos eleições no dia 27 e no dia 28 deste mês, e a primeira palavra que posso deixar é de que há uma decisão de António José Seguro e ela deve ser reconhecida como um ato de coragem, um ato de cidadania e é de saudar a sua disponibilidade", começou por dizer no espaço de comentário da CNN Portugal, 'A Bússola'.
No entanto, José Luís Carneiro salientou que é necessário "respeitar a decisão da Comissão Nacional do Partido Socialista", ou seja, a "Comissão Nacional decidiu aguardar para que aqueles que tinham essa vontade a pudessem enunciar publicamente e, no momento considerado oportuno, democraticamente decidir o apoio a conceder a quem venha a dar este o".
O socialista notou ainda que esta decisão de concorrer a Belém é uma "decisão unipessoal", destacando que "não são candidaturas partidárias" e que são resultado de "um ato de cidadania e da subscrição do apoio dos cidadãos".
"O Partido Socialista, no momento oportuno, tomará a sua decisão democraticamente nos órgãos competentes, à luz da decisão que tomou na Comissão Nacional", frisou no mesmo espaço de comentário.
José Luís Carneiro reiterou ainda não estar "legitimado" enquanto secretário-geral do partido, uma vez que haverá ainda um "ato de eleição" e que, no sábado, apresentará a sua candidatura na sede nacional do partido.
"No momento oportuno e de forma democrática, no respeito pela vontade daqueles que representam os militantes do Partido Socialista tomaremos uma decisão", afirmou.
De recordar que António José Seguro formalizou a sua candidatura às eleições presidenciais, que acontecem em 2026, esta terça-feira.
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