Trump pede ao Supremo para permitir demissões na agência de Educação

O Governo dos EUA pediu hoje ao Supremo Tribunal para suspender uma ordem judicial que obrigava à reintegração dos funcionários do Departamento de Educação que foram despedidos no desmantelamento da agência.

WASHINGTON, DC - MAY 5: President Donald Trump signs executive orders in the Oval Office of the White House on May 5, 2025 in Washington, DC. The orders were primarily health care related, including banning gain of function research. (Photo by Annabelle G

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Lusa
06/06/2025 18:22 ‧ há 10 horas por Lusa

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Donald Trump

O pedido do Departamento de Justiça para o Supremo Tribunal alega que o juiz distrital dos EUA, Myong Joun, em Boston, excedeu a sua autoridade no mês ado quando emitiu uma injunção revertendo as demissões de quase 1.400 pessoas e adiando o plano de restruturação do Departamento de Educação.

 

A decisão judicial de Joun bloqueou uma das promessas de campanha do Presidente republicano Donald Trump e paralisou, de forma eficaz, o esforço de encerramento do Departamento.

Na sentença, o juiz escreveu que as demissões "provavelmente prejudicariam o Departamento de Educação".

Hoje, o procurador-geral norte-americano D. John Sauer argumentou, no recurso para o Supremo Tribunal, que Joun estava a substituir as suas preferências políticas pelas da istração Trump.

Sauer acrescentou ainda que os despedimentos ajudam a implementar a "política de simplificação do departamento e de eliminação de funções discricionárias que, na visão da istração, são melhor deixadas para os governos estaduais".

Este caso envolve dois processos contra o Governo dos Estados Unidos que alegam que o plano de Trump equivale ao encerramento ilegal do Departamento de Educação.

Um dos dois pedidos de recurso foi interposto pelos distritos escolares de Somerville e Easthampton, no estado de Massachusetts, juntamente com a Federação Americana de Professores e com outros grupos educativos.

Um segundo processo foi interposto por uma coligação de 21 procuradores-gerais democratas.

Estes processos judiciais de recurso argumentam que as demissões deixaram o Departamento de Educação incapaz de cumprir as responsabilidades exigidas pelo Congresso, incluindo deveres de apoio à educação especial, distribuição de ajuda financeira e aplicação das leis de direitos civis.

Trump deu prioridade ao encerramento do Departamento de Educação, embora tenha reconhecido que só o Congresso tem autoridade para o fazer.

Mais tarde, Trump acrescentou que as funções do departamento seriam divididas por outras agências, sugerindo que os empréstimos federais para estudantes e programas de ajuda para estudantes com deficiência deveriam ser geridos por outros organismos.

O Presidente defende que o Departamento de Educação está controlado por dirigentes progressistas e não consegue promover melhorias nos baixos resultados académicos do país, prometendo "devolver a educação aos estados".

Os congressistas democratas também criticam o orçamento do Departamento de Educação do Governo de Trump, denunciando que estão previstos cortes de 15% no seu orçamento, incluindo um corte de 4,5 mil milhões de dólares (cerca de quatro mil milhões de euros) no financiamento do ensino básico e secundário, como parte da redução da dimensão da agência.

Leia Também: "Grotesco". Aluno detido critica governo dos EUA e diz estar a "sofrer"

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