O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, confirmou a informação numa declaração ao jornal Le Fígaro, citada pela agência Europa Press.
Jean-Noël Barrot detalhou que Paris solicitava há meses que Cécile Kohler e Jacques Paris recebessem a visita de representantes ses.
A medida foi tomada depois de o Governo francês ter apresentado uma queixa contra o Irão ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sobre o caso, numa nova tentativa de pressionar Teerão a aceder às suas exigências.
Barrot confirmou que ambos receberam a visita do encarregado de negócios estrangeiros da Embaixada de França e afirmou que existe "uma pressão crescente sobre o Irão".
Em janeiro, as autoridades sas alertaram que os dois tinham recebido apenas três visitas nestes três anos, cada uma com uma duração total de cerca de 50 minutos.
O governo francês anunciou em abril que Paris planeava apresentar uma queixa contra Teerão sobre este caso.
Kohler, de 40 anos, é professora de literatura no leste de França. Quer ela, quer o marido, Paris, de 71 anos, foram acusados por Teerão de fazerem parte dos serviços de informação ses.
Em setembro de 2023, a justiça iraniana anunciou que a investigação contra o casal tinha terminado, abrindo caminho a um possível julgamento.
Em 20 de março, um terceiro cidadão francês, Olivier Grondeau, de 35 anos, detido no Irão desde outubro de 2022 também numa viagem turística ao sul do país, foi libertado, após ter sido condenado por espionagem.
No final de março, a República Islâmica do Irão mantinha em cativeiro pelo menos oito cidadãos europeus, defendendo que estão detidas por força de uma ordem judicial.
No entanto, não se sabe ao certo o número de detidos, conhecendo-se apenas os casos que tiveram cobertura mediática.
Várias organizações não-governamentais consideram que estes detidos são utilizados por Teerão para obter a libertação de iranianos detidos no estrangeiro.
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