Estes dados, releva o Banco Mundial, representam uma redução de quase 270 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema na última década.
"O caso da Índia teve um impacto considerável nos cálculos regionais e globais", sublinha o relatório, que atualiza a Plataforma de Pobreza e Desigualdade (PIP) com dados até 2023 e novas linhas de pobreza baseadas na paridade do poder de compra (PPC) de 2021.
De acordo com os dados mais recentes do Banco Mundial, o número absoluto de pessoas em situação de pobreza extrema na Índia caiu de 344,41 milhões para 75,22 milhões em dez anos.
A melhoria nos indicadores é atribuída a um aumento no consumo medido, uma melhor avaliação dos subsídios públicos e o uso de novos deflatores de preços, conforme é pormenorizado no documento técnico.
Além da queda da pobreza extrema, a proporção de pessoas que viviam com menos de 4,20 dólares por dia -- o limiar de pobreza típico dos países de rendimento médio-baixo -- também diminuiu de 57,7% em 2011 para 23,9% em 2022.
A queda foi especialmente sentida nas zonas rurais, onde a pobreza extrema ou de 18,4% para 2,8%, enquanto nas cidades diminuiu de 10,7% para 1,1%, de acordo com dados oficiais.
O Banco Mundial adverte que, embora as mudanças metodológicas aproximem os dados indianos dos padrões internacionais, persistem limitações na comparabilidade entre pesquisas e na medição da desigualdade, devido ao facto de o consumo das famílias mais ricas nem sempre ser registado com precisão, o que poderia subestimar a desigualdade real.
Com mais de 1.400 milhões de habitantes, a Índia contribuiu significativamente para a redução da pobreza extrema no sul da Ásia, cuja taxa ou de 9,7% em 2011 para 7,3% em 2022, o que representa menos 45 milhões de pessoas nessa condição na região.
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