Conferência da ONU arranca para mobilizar decisores sobre os Oceanos

A terceira Conferência sobre o Oceano da ONU arranca hoje em Nice, França, reunindo chefes de Estado e de Governo, incluindo o primeiro-ministro português, para uma mobilização contra a degradação do oceano pela poluição e pela sobrepesca.

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Lusa
09/06/2025 06:40 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Oceanos

Na abertura dos trabalhos estará o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

 

Segue-se a discussão dos temas em 10 painéis que vão decorrer durante toda a semana e que abordarão assuntos relacionados com o oceano, desde a poluição por plásticos à conservação e gestão sustentável dos ecossistemas marinhos e costeiros.

A conferência vai reunir governos, organizações intergovernamentais, instituições financeiras internacionais, organizações não governamentais, organizações da sociedade civil, universidades, a comunidade científica, povos indígenas e comunidades locais.

A presença portuguesa será assegurada "ao mais alto nível" político, com o primeiro-ministro, a ministra do Ambiente e Energia, o ministro da Agricultura e Mar e o secretário de Estado das Pescas e do Mar, "refletindo o compromisso do Governo com a agenda da conservação marinha e da economia azul sustentável", adiantou o gabinete da ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho.

Segundo o Ministério do Ambiente, o Governo vai levar à conferência de Nice a mensagem de que a proteção do oceano é uma prioridade estratégica, tanto do ponto de vista ambiental como económico.

Durante a conferência é esperada a apresentação do Pacto Europeu para os Oceanos, pela presidente da Comissão Europeia.

Deverão surgir declarações da comunidade científica contra a mineração no mar profundo pelos impactos que essa atividade pode causar em todo o ecossistema marinho e é esperado que mais países ratifiquem o Tratado do Alto-Mar.

Formalmente designado de Acordo sobre Proteção da Biodiversidade Marinha em Áreas para além da Jurisdição Nacional (BBNJ, na sigla inglesa), o tratado resultou de quase 20 anos de discussões e pretende a conservação e utilização sustentável da biodiversidade marinha.

É um documento juridicamente vinculativo de proteção das águas internacionais, que estão fora da área de jurisdição nacional, correspondendo a cerca de 70% da superfície da Terra.

O tratado só entra em vigor quando 60 países o ratificarem e neste momento apenas 31 o fizeram, incluindo Portugal.

Durante a conferência será aprovado o "Plano de Ação de Nice para o Oceano", que reúne compromissos voluntários dos países. O encerramento acontecerá com a aprovação da "Declaração de Nice para a Ação no Oceano", um documento político não vinculativo, adotado por consenso, que refletirá a posição dos Estados-Membros sobre temas como biodiversidade, poluição, financiamento e governança.

A organização coube à França e à Costa Rica. A conferência de Nice realiza-se três anos após a realizada em Lisboa, em 2022.

Leia Também: Oceanos? Macron pede apoio: "Temos de agir, não temos escolha"

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