Maior uso da língua portuguesa seria vantagem para Macau, diz cônsul

O cônsul-geral de Portugal em Macau, Alexandre Leitão, defendeu hoje que um maior uso da língua portuguesa seria uma vantagem para a diversificação da economia da região chinesa, altamente dependente dos casinos e do turismo.

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© Pixabay

Lusa
10/06/2025 15:31 ‧ ontem por Lusa

País

10 Junho

Num discurso, o diplomata recordou que o líder chinês Xi Jinping sublinhou em dezembro, na tomada de posse do novo Governo do território, que Macau é "o único local do mundo que tem como línguas oficiais o português e o chinês".

 

Uma declaração que "reforçou a esperança numa difusão alargada e no uso generalizado do português na istração e na sociedade da RAEM [Região istrativa Especial de Macau]", disse Leitão.

O cônsul-geral defendeu que tais desígnios "seriam inegavelmente vantajosos para a plataforma importante para a promoção de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa".

O Governo Central chinês criou, em 2003, com sede na cidade, o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum de Macau.

"Todos na RAEM estão conscientes do contributo das empresas e dos trabalhadores portugueses para o crescimento e a qualidade dos serviços da economia de Macau", defendeu Leitão.

O diplomata garantiu que as autoridades do território podem "contar com a comunidade portuguesa para participar ativamente no ambicioso desígnio de diversificação económica de Macau".

Leitão falava numa receção comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, na qual também esteve presente o líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai.

Dirigindo-se diretamente a Sam, o cônsul-geral disse: "Peço-lhe que estime os portugueses. Todos, os de Macau e os que vêm de fora, para contribuir para um futuro de prosperidade partilhada e a realização dos grandes projetos da RAEM".

Macau não aceita desde agosto de 2023 novos pedidos de residência para portugueses, para o "exercício de funções técnicas especializadas", permitindo apenas justificações de reunião familiar ou anterior ligação ao território.

As orientações eliminam uma prática firmada após a transição de Macau, em 1999.

Aos portugueses resta a emissão de um 'blue card', autorização limitada ao vínculo laboral, sem os benefícios dos residentes, nomeadamente ao nível da saúde ou da educação.

A única alternativa para garantir o bilhete de identidade de residente a agora por uma candidatura aos recentes programas de captação de quadros qualificados, itiu em abril Sam Hou Fai.

O número de pedidos de residência feitos por portugueses e aprovados por Macau caiu de 56 em 2023 para 20 em 2024, após a imposição de restrições, sendo que 65% foram aprovados.

Num discurso em cantonês, Sam Hou Fai -- o primeiro líder do Governo da região chinesa que fala português -- agradeceu "o inegável contributo" da comunidade portuguesa para "o desenvolvimento económico e social" de Macau.

Leia Também: Primeiro-ministro deverá visitar China em setembro com agem por Macau

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