Fornecedores automóveis apelam a "ação urgente" sobre as terras raras

A CLEPA – Associação Europeia de Fornecedores Automóveis – salientou a urgência de agir no que toca ao comércio de terras raras entre Europa e China.

Fábrica da Seat em Martorell

© Getty Images

Notícias ao Minuto
05/06/2025 16:20 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Auto

Indústria automóvel

Com receios acrescidos de que a indústria automóvel tenha de parar a produção, os fornecedores pedem um "diálogo urgente" entre a União Europeia (UE) e China relativamente ao comércio de terras raras.

 

Em abril, Pequim começou a bloquear as exportações de minerais críticos, que são essenciais para a indústria automóvel. Desde então, apenas um quarto dos milhares de pedidos de exportação foram atendidos, segundo a CLEPA – Associação Europeia de Fornecedores Automóveis.

O caso é ainda mais grave considerando que a China controla cerca de 70 por cento da produção mundial de minerais magnéticos e concentra em torno de 90 por cento da capacidade de processamento. Já há linhas de produção a fecharem na Europa. Recentemente, o setor automóvel manifestou sérias preocupações sobre uma interrupção completa da produção nos próximos meses.

A situação, segundo a CLEPA, coloca em risco a confiança na cadeia global de fornecimento, e o seu secretário-geral, Benjamin Krieger, deixou um apelo em comunicado: "Com uma cadeia de abastecimento global profundamente interligada, as restrições de exportações da China já estão a interromper a produção no setor fornecedor da Europa. Apelamos urgentemente às autoridades da UE e chinesas que se envolvam num diálogo construtivo para garantir que o processo de licenciamento é transparente, proporcional e alinhado com as normas internacionais".

A associação fala de "procedimentos opacos e inconsistentes entre províncias, com algumas licenças negadas com base em motivos procedimentais e outras a requererem divulgação de informação sensível de propriedade intelectual".

No entender da CLEPA, a China e a Europa têm um interesse mútuo em "salvaguardar a integridade das cadeias de fornecimento globais e comércio" – com uma interdependência que deixa os fornecedores chineses a necessitarem dos clientes europeus e os fabricantes europeus a precisarem dos materiais fornecidos pela China.

Leia Também: Guerra comercial deixa produção automóvel em risco de ser suspensa

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