"Um herói". Refugiado sírio imobilizou suspeita de ataque em Hamburgo

Muhammad Al Muhammad estava a caminho de casa em Buchholz, a 25 quilómetros de Hamburgo, depois de ter visitado um amigo na cidade. Quando estava na plataforma à espera do comboio, viu uma mulher com uma faca na mão e várias pessoas a fugir.

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Notícias ao Minuto
26/05/2025 18:15 ‧ há 2 semanas por Notícias ao Minuto

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Um jovem refugiado sírio, de 19 anos, está a ser descrito como um "herói" após ter imobilizado a mulher que levou a cabo um ataque, que deixou 18 pessoas feridas, na Estação Central de Hamburgo, na Alemanha, na ada sexta-feira.

 

De acordo com a imprensa alemã, Muhammad Al Muhammad estava a caminho de casa em Buchholz, a 25 quilómetros de Hamburgo, depois de ter visitado um amigo na cidade. Quando estava na plataforma à espera do comboio, viu uma mulher com uma faca na mão e várias pessoas a fugir.

"Decidi correr na outra direção e parar a mulher", disse o jovem sírio à revista alemã Der Spiegel. Enquanto corria, outro homem deu um pontapé no joelho da mulher, fazendo-a cair. 

"Segurei-a [no chão] e pressionei as mãos dela contra a mochila para que não se pudesse levantar", disse Muhammad. "A mulher não gritou, não resistiu".

Antes de regressar a casa, o jovem sírio ainda foi interrogado pela polícia. "Agradeceram-me e compraram-me um cappuccino. Isso deixou-me muito feliz", contou.

Num artigo de opinião no jornal Die Tageszeitung, a jornalista e comentadora polícia Gilda Sahebi considerou que, numa altura em que a extrema-direita alemã tenta ligar imigração a criminalidade, partilhar a história de Muhammad é "crucial".

Muhammad é originário de perto de Alepo, na Síria, e chegou à Alemanha como refugiado em 2022.

"Somos tentados a dizer: 'Estão a ver? Um árabe - o seu nome é Maomé, nada menos - é um herói!" escreveu Sahebi.

"O debate político e público está agora tão impregnado de toxicidade racista, espalhada por um partido de extrema-direita e pelos seus influenciadores nos meios de comunicação social e nas redes sociais, mas também por atores políticos e mediáticos democráticos, que é necessário contar a história de Muhammad Al Muhammad", acrescentou.

Na sexta-feira, a mulher foi detida como alegada autora do esfaqueamento que fez 18 feridos, alguns deles com gravidade, num ataque sem motivação política. A investigação aponta o estado psicológico instável da mulher como a causa do ataque.

A autora do ataque foi identificada pela imprensa como sendo Lídia S. e, de acordo com o jornal Bild, tinha tido alta de uma clínica psiquiátrica na véspera do ataque.

Por ordem judicial, de acordo com o jornal, a mulher detida, que já está sob investigação por outro incidente violento em que atacou um menor no aeroporto de Hamburgo, está atualmente numa clínica.

Leia Também: Mulher detida pelo esfaqueamento em Hamburgo "itiu os factos"

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