"Esta é uma ameaça direta à democracia e o resultado de uma retórica violenta de esquerda que emana dos mais altos níveis do governo colombiano", afirmou o chefe da diplomacia norte-americana num comunicado, em que apelou ao Presidente de esquerda colombiano, Gustavo Petro, para que "reduza a sua retórica inflamatória e proteja os representantes públicos da Colômbia".
Uribe Turbay, de 39 anos, foi baleado com vários tiros -- dois dos quais na cabeça, segundo fontes da ambulância o que o conduziu a um primeiro centro médico - na tarde de sábado, quando discursava num comício num parque da cidade de Fontibon, a oeste de Bogotá.
O secretário de Estado norte-americano afirmou numa mensagem na rede social X que os Estados Unidos condenam "veementemente" a tentativa de assassinato do senador Uribe, que faz parte do partido político do antigo Presidente Álvaro Uribe (2002-2010).
"Tendo testemunhado em primeira mão o progresso da Colômbia nas últimas décadas para consolidar a segurança e a democracia, o país não pode se dar ao luxo de voltar a tempos sombrios de violência política", afirmou ainda Rubio.
Richard Grenell, enviado especial de Donald Trump para missões especiais, também classificou o ataque contra o "candidato conservador à presidência da Colômbia" como um "Horror", numa mensagem divulgada no X.
Às acusações da istração Trump juntaram-se as de congressistas da Florida, como o senador Rick Scott, que apelou a Petro para que faça tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a segurança de todos os cidadãos, referindo-se ainda às "constantes" ameaças de morte recebidas pelo ex-presidente [Álvaro] Uribe, que "nunca" deveriam ser toleradas.
Por sua vez, a representante da Câmara da Florida, María Elvira Salazar, uma conhecida crítica de Petro, manifestou-se "horrorizada" com o ataque contra o senador conservador colombiano, também na rede social X.
"A violência política é a arma dos cobardes. Deve ser enfrentada com uma defesa inabalável dos valores democráticos", afirmou.
O presidente colombiano Gustavo Petro cancelou a viagem que previa fazer este sábado a Nice (França) para participar da Cimeira dos Oceanos da ONU, devido ao atentado contra o pré-candidato presidencial e senador conservador.
O governo colombiano ofereceu uma recompensa de até 3 milhões de pesos (638,7 mil euros) por qualquer informação que leve à captura dos responsáveis pelo que designou como "atentado".
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